Europa

Merkel afirma que dívida da Grécia não será perdoada

O novo ministro grego das finanças, Euclides Tsakalotos, frustrou os credores ao comparecer à reunião de emergência do Eurogrupo sem uma proposta para retomar as negociações interrompidas no último dia 27

Da Folhapress
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Publicado em 07/07/2015 às 20:10
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O novo ministro grego das finanças, Euclides Tsakalotos, frustrou os credores ao comparecer à reunião de emergência do Eurogrupo sem uma proposta para retomar as negociações interrompidas no último dia 27 - FOTO: Foto: FRANCE/ GERMANY GREECE/ EU/ REFERENDUM DEBT
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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, assegurou nesta terça-feira (7) que não haverá um perdão da dívida grega, embora tenha se mostrado aberta a tratar mais adiante a sustentabilidade do débito se a Grécia cumprir suas obrigações.

"Um perdão da dívida não vai acontecer. Isso é um programa de resgate da zona do euro e não está permitido", declarou a chanceler ao término do Conselho Europeu extraordinário que ocorreu nesta terça (7), em Bruxelas.

"Se for necessário, estamos dispostos, depois que a Grécia tiver cumprido suas obrigações, a falar sobre a questão da sustentabilidade", acrescentou.

REUNIÃO FRUSTRADA

O novo ministro grego das finanças, Euclides Tsakalotos, frustrou os credores ao comparecer à reunião de emergência do Eurogrupo nesta terça (7) sem uma proposta para retomar as negociações interrompidas no último dia 27.

Na segunda-feira (6), o premiê grego Alexis Tsipras ligou para Merkel, afirmando que a proposta seria apresentada nesta terça (7).

A apresentação de propostas foi adiada para esta quarta (8). Fontes do Executivo de Atenas assinalaram que esta proposta levará em conta "o resultado do plebiscito de domingo (5), as posições comuns dos líderes políticos e as propostas das instituições -a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI)".

A reunião desta terça (7) do Eurogrupo foi convocada após o resultado do plebiscito no fim de semana, no qual 61% dos gregos disseram "não" a uma proposta de austeridade fiscal que incluía aumento de impostos e reforma da Previdência.

Essa proposta já não está mais na mesa, e diversos líderes europeus deixaram claro que a bola agora está no campo da Grécia.

"Não se trata mais de uma questão de semanas, mas de uma questão de dias", afirmou cobrando urgência a chanceler alemã, Angela Merkel, na chegada à reunião.

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