Polêmica

Blatter diz que não é responsável pelos integrantes do Comitê Executivo

Entidade foi abalada por escândalo de corrupção

Da AFP
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Publicado em 10/07/2015 às 10:24
Foto: MICHAEL BUHOLZER/ AFP
Entidade foi abalada por escândalo de corrupção - FOTO: Foto: MICHAEL BUHOLZER/ AFP
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Joseph Blatter, presidente da Fifa que já anunciou a renúncia ao cargo, se defendeu nesta sexta-feira do escândalo de corrupção que abala a entidade ao afirmar que não é responsável pelo comportamento dos membros do Comitê Executivo da Federação Internacional de Futebol.

"Nas últimas semanas, o descontentamento geral contra a Fifa se dirigiu principalmente contra mim. Não tenho nenhum problema com isto, sou capaz de me defender", afirma Blatter em um artigo publicado na revista da Fifa, da qual a AFP obteve uma cópia antes da publicação. "Faço um apelo, no entanto, à boa fé da opinião pública. Não saberia assumir uma responsabilidade sobre membros de um governo (o Comitê Executivo da Fifa) que eu mesmo não elegi", completa.

"O presidente da Fifa deve trabalhar com as pessoas designadas pelas Confederações. Não sou, portanto, responsável em nada pelo comportamento dos integrantes deste Comitê", insiste Blatter, presidente da Fifa desde 1998 e que anunciou a renúncia no início de junho, poucos dias depois de ter sido reeleito para o quinto mandato.

As afirmações de Blatter foram divulgadas um dia depois do anúncio da Fifa sobre o banimento do americano Chuck Blazer, de 70 anos, ex-secretário geral da Concacaf e ex-membro do Comitê Executivo da Fifa. Blazer é o informante chave da justiça americana em sua investigação sobre a corrupção na Fifa.

Ex-aliado de Blatter, o americano "cometeu muitos atos de má conduta de forma contínua e repetida durante seu mandato como dirigente em vários postos de alto nível na Fifa e na Concacaf", anunciou a Fifa na quinta-feira. Blazer se declarou culpado em novembro de 2013 de 10 acusações, incluindo transferências fraudulentas, lavagem de dinheiro, evasão fiscal e corrupção. Os crimes podem provocar penas de até 100 anos de prisão.

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