Críticas

Governo sírio acusa Turquia de apoiar o terrorismo

Segundo o governo de Damasco, a Turquia deu proteção a terroristas oriundos de mais de 100 países, que entraram na Síria passando pela nação vizinha para se juntar a grupos extremistas

Da ABr
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Publicado em 29/07/2015 às 21:37
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O governo sírio acusou nesta quarta-feira (29) a Turquia de apoiar o terrorismo e criticou o país por se autodeclarar vítima de terroristas, informou a Sana, agência oficial de notícias da síria.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio enviou hoje duas cartas à Secretaria-Geral e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, nas quais afirma que a Turquia tem conspirado contra a Síria ao longo dos últimos quatro anos de guerra civil.

Segundo o governo de Damasco, a Turquia deu proteção a terroristas oriundos de mais de 100 países, que entraram na Síria passando pela nação vizinha para se juntar a grupos extremistas como o Estado Islâmico e a Frente Al Nusra, ramo da Al Qaeda.

“A Síria refuta as tentativas do regime turco de se autodeclarar vítima, quando todos sabem o que tem feito ao proporcionar todo tipo de apoio a organizações terroristas”, dizem as cartas.

As autoridades sírias deram como exemplo as vendas feitas pelo Estado Islâmico à Turquia e que incluem petróleo, cereais, algodão e peças arqueológicas roubadas ao país, e que Damasco assegura ser do conhecimento de Ancara.

Segundo o governo sírio, a Turquia treinou terroristas da Frente Al Nusra e de outros grupos da Al Qaeda, que atuam sob o nome Exército de Al Fatah, além de ter fornecido munição de artilharia, quando entrou na província de Idleb, no Norte da Síria. Com essa acusação, Damasco refere-se à coligação formada pela Al Nusra e outras facções armadas em Idleb, que conseguiram controlar a maior parte da província.

Sobre a ofensiva turca contra o Estado Islâmico no Norte da Síria, o governo de Damasco considerou que “antes tarde do que nunca”, mas questionou a honestidade das intenções turcas, advertindo que tudo pode ser um pretexto para atacar os curdos na Síria e no Iraque, ou cumprir objetivos políticos internos.

Na semana passada, Ancara iniciou uma ofensiva aérea contra combatentes do Estado Islâmico no Norte da Síria e contra a guerrilha curda Partido dos Trabalhadores do Curdistão, no Norte do Iraque.

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