Após seis horas reunidos, os 19 ministros das Finanças do Eurogrupo decidiram nesta sexta-feira (14) conceder 86 bilhões de euros para recuperar a economia grega e impedir que o país saia da zona do euro. É o terceiro pacote de ajuda em cinco anos.
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O próximo passo é a ratificação do acordo pelo Parlamento Europeu na próxima quarta-feira (19), necessária para liberar os primeiros 16 bilhões de euros. Parte do dinheiro cobrirá o pagamento do empréstimo feito pelos credores em julho para que a Grécia pudesse acertar as contas com o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Outros 3,2 bilhões servirão para liquidar uma dívida com o banco, cujo prazo para pagamento vence na próxima quinta-feira (20).
A disposição do FMI de participar do acordo, que ainda não estava clara, foi confirmada pelo presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e deve ocorrer em outubro. É um apoio indispensável, mas está condicionado à capacidade do governo grego de implementar as medidas previstas no acordo, como a reforma no sistema de aposentadoria, e à disposição do Eurogrupo em oferecer um alívio à dívida grega, disse ele.
Em anúncio divulgado logo após o resultado da reunião, a chefe do FMI, Christine Lagarde, disse que a instituição espera trabalhar em conjunto com o governo grego e os parceiros europeus nos próximos meses “para colocar em prática todos os elementos necessários para considerar novo apoio financeiro”.
O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schauble, que sempre teve uma visão crítica diante de um novo empréstimo bilionário à Grécia, disse estar confiante de que os membros do Eurogrupo encontrarão um “caminho comum para atingir a sustentabilidade da dívida grega”.