Imigração

Frontex não tem meios suficientes para enfrentar imigração na Grécia

Para a agência a situação é mais preocupante na Grécia que na Itália

Da AFP
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Publicado em 26/08/2015 às 11:30
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Para a agência a situação é mais preocupante na Grécia que na Itália - FOTO: Foto: AFP
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A agência europeia de vigilância das fronteiras Frontex ainda não recebeu todos os meios que pediu para enfrentar a chegada de imigrantes à Grécia, onde a situação passou a ser mais preocupante que na Itália, afirmou nesta quarta-feira (26) seu chefe, Fabrice Leggeri.

Lembrando que a Frontex triplicou seus meios no Mediterrâneo desde o início da primavera (boreal), Leggeri indicou que hoje a situação é "mais preocupante na Grécia que na Itália".

"Mas, lamentavelmente, os pedidos de contribuição (aos Estados membros) não permitiram até agora obter os meios operacionais que a Frontex precisa", acrescentou o diretor-executivo da agência europeia em declarações à emissora France Inter.

"No que diz respeito às ilhas gregas, a Frontex não recebeu as contribuições operacionais, ou seja, aviões e barcos em número suficiente, mas sobretudo guardas fronteiriços que registram os imigrantes na fronteira exterior nas ilhas", disse.

Lembrou os números recorde registrados no início do verão, apontando como exemplo a multiplicação por três em relação ao ano passado do número de imigrantes procedentes das fronteiras da UE em julho, a 107.500.

"A maioria das pessoas que chegam à Grécia provavelmente são refugiados e solicitantes de asilo potenciais, entre eles muitos sírios e afegãos". No entanto, considerou que não se deve subestimar "o efeito de oportunidade" que certos imigrantes tentariam aproveitar com "falsos passaportes sírios".

"É muito importante que a União Europeia ajude a Grécia" a "interrogar os imigrantes na fronteira e detectar sua nacionalidade real", a fim de "orientá-los à gestão do asilo para os que têm direito a asilo". Para os outros "é necessário evidentemente desenvolver uma política de retorno", acrescentou.

Leggeri se mostrou muito cético sobre a utilidade da construção de muros nas fronteiras porque, segundo ele, "a experiência demonstra que isso produz fenômenos de desvio dos fluxos a outros Estados".

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