A Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (RDC) anunciou que vai parar em setembro de alimentar os cerca de 7.000 ex-rebeldes congoleses e estrangeiros porque não tem fundos e afirmou que Kinshasa deve assumir esta função.
Leia Também
"Há 6.800 combatentes (...) que a Monusco alimenta" em vários acampamentos de desmobilização, situados no leste e no oeste da RDC, e o custo desta ajuda chega a "dois milhões de dólares por mês", declarou à AFP Martin Kobler, chefe da missão.
A Monusco administra um programa de desarmamento, desmobilização, reintegração e reinstalação dos rebeldes estrangeiros. A gestão dos acampamentos de ex-combatentes, congoleses ou não, cabe à RDC e a Monusco fornece ajuda alimentar e logística.
Atualmente, a Monusco - uma das maiores missões da ONU no mundo com 20.000 homens e um orçamento anual de 1,4 bilhão de dólares - "não tem dinheiro suficiente para alimentar" os ex-combatentes, insistiu Kobler.
Há 20 anos, no leste da RDC proliferam dezenas de grupos armados congoleses e estrangeiros que se enfrentam por razões étnicas ou pelo controle dos importantes recursos mineradores da região. Em 2013 a RDC lançou um programa de desarmamento, desmobilização e reinserção para os rebeldes congoleses.