SÉRIE ESPECIAL

O Brasil e Pernambuco na Segunda Guerra Mundial

O Brasil só decidiu entrar efetivamente na guerra em 1942, após taques de navios alemães contra embarcações brasileiras

MARCOS OLIVEIRA
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MARCOS OLIVEIRA
Publicado em 29/08/2015 às 18:30
Foto: Arquivo da Biblioteca Nacional
O Brasil só decidiu entrar efetivamente na guerra em 1942, após taques de navios alemães contra embarcações brasileiras - FOTO: Foto: Arquivo da Biblioteca Nacional
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O Brasil só decidiu entrar efetivamente na guerra em 1942, após taques de navios alemães contra embarcações brasileiras. Entramos ao lado dos Aliados, grupo formado primordialmente por EUA, URSS e Reino Unido, e contra o grupo do Eixo, composto principalmente por Alemanha, Japão e Itália. Estes três vivam sob regime não considerados democráticos pelos regimes ocidentais, o que mostra uma singularidade e ao mesmo tempo ambiguidade por parte do nosso país. O nosso presidente/ditador era Getúlio Vargas e decidiu entrar ao lado de nações que essencialmente, com exceção da URSS, tinha em seu cerne o ideal de liberdade e democracia. Uma vitória Aliada, poderia, como de fato aconteceu, levar a bancarrota do nosso ditador. Das mais de 350 baixas que tivemos, 13 foram de pernambucanos.

FILME MOSTRA COMO FOI A PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA

Os primeiros pracinhas chegaram à Itália em julho de 1944, ajudando na libertação da Itália, comandada na Segunda Guerra pelo regime fascista de Benito Mussolini, que estava em grande parte nas mãos do exército alemão. Os brasileiros que foram lutar fizeram isso na raça, pois a falta de preparo físico e treinamento era latente, sem nem receber roupa adequada para enfrentar o frio da região dos Montes Alpinos, que atravessam a Itália. Mesmo assim, conseguimos ajudar com vitórias importantes, como em Monte Castelo, Turim e Montese. Foram mais de 350 baixas de brasileiros.

Ao todo foram enviados 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Da Força Aérea Brasileira (FAB) foram 42 pilotos e 400 homens de apoio. Pernambuco contribuiu com 612 homens . Destes, 13 tombaram em combate e receberam em 1971 uma homenagem no parque 13 de Maio, região central do Recife. Todos foram treinados em um quartel-general montado pelo exército americano no Centro do Recife.

ESCUTE MARCHINA DE CARNAVAL DA DÉCADA DE 1940 SOBRE HITLER

Quem é o tal

Quem é que usa cabelinho na testa

e um bigodinho que parece mosca

Ê ê ê ê palhaço

Quem tem um G que representa a glória

quem tem um V que ficará na história

Com seu sorriso que nos dá prazer

Ê ê ê ê vitória

Rostand Paraíso, no livro  O Recife e a Segunda Guerra Mundial, conta que o nosso Estado vivia a tensão de ser bombardeado a qualquer momento. Tendo a população sendo obrigada a ter de apagar as luzes diariamente, no intuito de impedir que a força área alemã, que nunca perpetrou nenhum ataque em solo pernambucano nem brasileiro, identificasse um alvo.

PARA CONHECER MAIS:

(Informações da prefeitura do Recife)

Museu Militar do Forte do Brum

Em 1595 existia no local a Bateria Bom Jesus. Em 1629 foram iniciadas as obras de um novo forte. Após a invasão holandesa tomou o nome de Johann de Bruyne. Reconstruído após a Insurreição Pernambucana e concluído em 1690, abriga hoje o Museu Militar, com canhões portugueses/ingleses, armas, fotos e objetos que marcaram a ação da Força Aérea Brasileira na II Guerra Mundial.

Informações

Endereço: Praça Comunidade Luso-Brasileira, s/n, Bairro do Recife

Contato: +55 (81) 3224-7559

Horário: Terça a sexta, das 9h às 16h30; Sábados, domingos e feriados, das 14h às 17h.

Cobra taxa de visitação: RS 5

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