O presidente interino de Burkina Faso, Michel Kafando, declarou nesta quarta-feira (23) que estava novamente no comando do país, uma semana após um golpe militar afastá-lo. Kafando havia sido detido por membros de sua guarda presidencial há uma semana e depois buscou refúgio na casa do embaixador da França. Nos últimos dias, o Exército do país enviou tropas à capital para pressionar o líder do golpe, Gilbert Diendere, e seus soldados a ceder poder. Os militares ameaçaram desarmá-lo à força, se necessário.
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Um bloco regional, a Comunidade Econômica dos Estados do Oeste Africano, também pediu que a junta militar entregasse suas armas. Kafando disse que o país "triunfou junto" diante da crise enquanto recebia líderes de países vizinhos que chegavam a Burkina Faso.
Diendere e seus partidários tentaram tomar o poder um mês antes de uma eleição prevista. A votação foi organizada após o líder Blaise Compaore ser deposto, em outubro, em um levante popular. O governo de transição liderado por Kafando deve comandar o país até haver a votação e o vencedor da disputa assumir.
Os militares anunciaram nesta quarta-feira (23) que chegaram a um acordo com outros membros da guarda de Diendere durante a noite. Diendere era um assessor de Compaore e chefiava a guarda presidencial do ex-líder. Fonte: Associated Press.