O presidente russo Vladimir Putin se reunirá na segunda-feira com o seu colega americano Barack Obama, em Nova York, onde os dois líderes devem discursar na Assembleia Geral anual da ONU, informou o Kremlin nesta quinta-feira.
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"Nós concordamos com um encontro com Obama", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, às agências de notícias russas, acrescentando que Putin também encontrará o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
Trata-se do primeiro encontro oficial entre os dois desde a reunião bilateral em junho de 2013 na Irlanda do Norte.
Depois, o caso Snowden e a crise na Ucrânia impediram um encontro oficial entre os presidentes, que, no entanto, telefonam-se com regularidade.
Por sua vez, Obama aceitou reunir-se com Putin porque rejeitar um diálogo solicitado pelo presidente russo seria "irresponsável" ante a situação atual na Ucrânia e na Síria, considerou um funcionário americano.
"Os dois vão se reunir à margem da Assembleia Geral da ONU a pedido do presidente Putin", indicou à AFP.
"Seria irresponsável deixar de provar se podemos fazer progressos por meio de compromissos de alto nível", acrescentou.
Vladimir Putin chega a Nova York para promover seu plano para a Síria, em particular a construção de uma ampla coalizão, que inclua o exército de Bashar al-Assad, para combater o grupo jihadista Estado Islâmico.
Há mais de uma semana, o ativismo da Rússia na Síria, diplomático e militar, tem preocupado o Ocidente.
Os Estados Unidos acreditam que a Rússia, o principal aliado do regime de Damasco, aumentou seu apoio à Síria, fornecendo novas armas ao regime, além de implantar aviões e tanques no norte da Síria.
A Rússia nega qualquer escalada militar, mas admite que apoia o governo sírio na sua luta contra os jihadistas do EI e que entrega armas ao abrigo de contratos existentes.