O papa Francisco criticou hoje (27), em Filadélfia, nos Estados Unidos, os sistemas prisionais que não procuram "curar as feridas" e nem se abrem a "novas possibilidades".
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No último dia da sua visita aos Estados Unidos, o papa encontrou-se com uma centena de detidos na prisão de Curran-Fromhold e focou o seu discurso na cura moral e na reabilitação. "Faz mal ver os sistemas prisionais que não se preocupam em curar as feridas, aliviar a pena, oferecer novas possibilidades", disse.
Falando perante o congresso, na quinta-feira (24), o papa fez um apelo aos eleitos norte-americanos no sentido de abolir a pena de morte para permitir a "reabilitação", a que todos têm direito.
"Faz mal ver pessoas que pensam que são somente os outros que têm necessidade de ser purificados e que não reconhecem que a sua exaustão, as suas penas e as suas feridas são também a exaustão, as penas e as feridas da sociedade", acrescentou.
"Todos nós temos necessidade de ser limpos, de ser lavados" por uma conversão interna, insistiu, antes de dirigir-se amigavelmente a cada um dos detidos.
E como "tornar possível a vossa reabilitação?", perguntou. "Uma reabilitação que cada um procura e deseja: os detidos e os seus familiares, as autoridades prisionais, os programas sociais e educativos. Uma reabilitação que beneficie a moral de toda a comunidade e a eleve", disse o líder da Igreja Católica.
Nas várias visitas que tem efetuado a prisões desde a sua eleição em 2013, o papa Francisco diz com frequência aos detidos: "eu poderia estar no vosso lugar".