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Na ONU, Dilma defende refugiados, Estado Palestino e fim do embargo a Cuba

Presidente também criticou "barbárie" do Estado Islâmico e defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU

Do JC Online
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Publicado em 28/09/2015 às 11:38
Foto: Cia Pak/ ONU
Presidente também criticou "barbárie" do Estado Islâmico e defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU - FOTO: Foto: Cia Pak/ ONU
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A criação de um Estado Palestino, o fim do embargo econômico a Cuba e a defesa dos refugiados foram os temas que deram a tônica do discurso da presidente Dilma Rousseff (PT) na abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) na manhã desta segunda-feira (28). A presidente brasileira também criticou a organização Estado Islâmico e defendeu uma reforma para ampliar o Conselho de Segurança da ONU.

"Em um mundo onde circulam, livremente, mercadorias, capitais, informações e idéias, é absurdo impedir livre trânsito de pessoas", afirmou Dilma no auge de sua fala, após lembrar a trágica imagem de um menino sírio de três anos que morreu afogado enquanto a família tentava chegar à Turquia. "Estamos de braços abertos para receber refugiados. Somos um país multiétnico, que convive com as diferenças e sabe a importância delas para nos tornar mais fortes e mais diversos, tanto cultural, quanto socialmente", prometeu a presidente.

Para Dilma, a ONU está diante de um grande desafio que é garantir a segurança coletiva e reagir a conflitos regionais com alto potencial destrutivo e à expansão do terrorismo no mundo. "Não se pode ter complacência com tais atos de barbárie, como aqueles perpetrados pelo chamado Estado Islâmico e por outros grupos associados", disparou a presidente, que defendeu uma ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A entidade tem hoje apenas cinco membros permanentes: Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Rússia.

"Não se pode postergar, por exemplo, a criação de um Estado Palestino, que conviva pacífica e harmonicamente com Israel. Da mesma forma, não é tolerável a expansão dos assentamentos", se queixou a presidente brasileira. Dilma também disse que o Brasil se regozija com a retomada das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos e espera que esse processo possa evoluir para o fim do embargo na ilha. A presidente também celebrou o acordo nuclear entre o governo americano e o Irã.

Ao falar sobre a questão climática, a presidente brasileira voltou a citar a meta de reduzir em 43% a emissão de gazes de efeito estufa no país até 2030 e defendeu que a reunião da Cúpula do Clima, que ocorre no final do ano em Paris possa ampliar esforços dos países desenvolvidos. "As obrigações que assumimos devem ser ambiciosas. Inclusive no que se refere ao apoio financeiro e tecnológico aos países em desenvolvimento", pregou.

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