Israel decidiu neste domingo (4) fechar a Cidade Velha de Jerusalém aos palestinos depois dos ataques que custaram a vida de dois israelenses.
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O setor antigo de Jerusalém, que é muito frequentado parecia uma cidade fantasma, com o comércio fechado e as ruas quase vazias, a não ser pela presença em massa de policiais.
É a primeira vez que as autoridades tomam esta medida, segundo a porta-voz da polícia, Luba Samri. Durante 48 horas, apenas os israelenses, os residentes na Cidade Velha, os turistas, os empresários e os estudantes podem entrar e circular pelo setor.
Segundo Samri, esta medida impedirá que a imensa maioria dos palestinos de Jerusalém Oriental, que vivem fora da Cidade Velha, possam ter acesso a essa parte da cidade. Os árabes israelenses, no entanto, poderão entrar na zona.
O acesso à Esplanada das Mesquitas foi proibido para homens com menos de 50 anos, uma medida utilizada habitualmente em momentos de tensão. Não há restrições para o acesso de mulheres.
Na véspera, um palestino de 19 anos, Mohanad Chafik Halabi - supostamente membro da Jihad Islâmica -, matou dois israelenses e feriu uma mulher e uma criança com faca e arma de fogo na Cidade Velha, antes de ser abatido pela polícia.
Horas depois, outro palestino feriu gravemente a facadas um transeunte e também foi morto pelas forças de ordem.
Estes ataques acontecem em um contexto de choques diários na Cidade Velha, onde se encontra o local que é motivo das tensões, a Esplanada da Mesquitas, e dois dias depois do assassinato de um casal de colonos diante de seus filhos no norte da Cisjordânia ocupada.