Após o último tiroteio em um campus universitário nos Estados Unidos, a pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton propôs nesta segunda-feira (5) que as leis sobre porte de armas sejam mais rígidas, e ameaçou fazer as mudanças por decreto.
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A base do plano é prevenir que criminosos violentos, pessoas acusadas de violência doméstica e com doenças mentais consigam adquirir armas de fogo, principalmente através de uma expansão do sistema de verificação de antecedentes para compras de armas e eliminação das brechas que permitem que milhões de vendas pela Internet passem despercebidos.
"Estou determinada a fazer algo sobre isso e vou tentar de todas as formas possíveis tirar as armas das mãos de quem não deveria tê-las", afirmou a ex-secretária de Estado na NBC nesta segunda-feira, quatro dias após um homem armado ter assassinado nove pessoas em Umpqua Community College, no estado de Oregon.
Caso o Congresso continue se recusando a aprovar lei sobre requerimento de verificação de antecedentes para a venda de armas, principalmente as que ocorrem pela internet e em lojas especializadas, a candidata se comprometeu a atuar administrativamente.
Clinton pretende submeter os vendedores de armas não regulares, a partir de determinado volume de vendas, às normas vigentes para as lojas desses produtos. Entre 20% e 40% das vendas de armas fogem do controle legal, uma importante lacuna na legislação federal, de acordo com a candidata.
A democrata também ameaçou dissolver a imunidade legal "excepcional" que protege os fabricantes de armas e negociantes de ações judiciais e afirmou que aumentaria o financiamento para inspeções em lojas, a aplicação agressiva da lei e a punição daqueles que a violarem.
A candidata também propôs a proibição de compra por parte de pessoas que estejam passando por tratamento de sérias doenças mentais, como o homem que assassinou 32 pessoas em Virginia Tech em 2007.
O massacre de quinta-feira em Oregon - que terminou com dez mortos, entre eles o atirador - reabriu o debate sobre armas no país.
De um lado se encontram aqueles que se opõe a qualquer tipo de controle sobre as armas em nome da sacrossanta segunda ementa da Constituição, que consagra o direito de possuir armas.
Do lado oposto estão as associações que lutam contra a livre proliferação de armas, que perderam a esperança em uma adoção rápida por parte do Congresso de uma ambiciosa lei nacional.