A duas semanas das eleições presidenciais na Argentina, o governista Daniel Scioli consolida sua vantagem e o conservador Mauricio Macri é o opositor com melhores chances de disputar um eventual segundo turno, segundo pesquisas publicadas neste domingo.
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Embora algumas pesquisas considerem Scioli como vencedor no primeiro turno de 25 de outubro por uma diferença mínima, outras indicam que será necessária uma definição no segundo turno em 22 de novembro, em um cenário que não mudou nas últimas semanas.
Segundo a lei, para não haver segundo turno Scioli precisa obter 45% dos votos ou mais de 40% e uma distância de dez pontos sobre o segundo mais votado.
Uma pesquisa da consultora Ipsos-Mora Y Araujo publicado pelo jornal Página12 atribui 41% dos votos ao candidato de Cristina Kirchner contra 29% para Macri, líder da frente Cambiemos.
"É altamente provável que não haja segundo turno, mas ainda é cedo para dar um diagnóstico definitivo", afirmou Manuel Mora y Araujo.
O Centro de Estudos de Opinião Pública (CEOP) informou resultados idênticos.
"Se este cenário mantiver seus componentes estruturais, é possível que Scioli se consagre presidente em 25 de outubro. Contudo, como pode ser observado, as diferenças são muito pequenas", declarou Roberto Bacman, chefe do CEOP.
Todos concordam que os dias que restam antes das eleições serão decisivos.
"De agora em diante é impossível anunciar de maneira categórica qual será o desfecho eleitoral de 25 de outubro. O (governista) Frente para a Vitória (FPV) será a opção mais votada, mas não sabemos se ganhará em um primeiro turno", admitiu Ignacio Ramírez, diretor da consultora Ibarómetro.
Todos concordam que o ex-ministro de Cristina Kirchner e atual opositor pela frente conservadora UNA Sergio Massa ficará em terceiro lugar e afastado da possibilidade de disputar um segundo turno.
Segundo outra pesquisa da consultora Poliarquía publicada pelo jornal La Nación, o cenário eleitoral registrou poucas variações em relação às primárias de 9 de agosto.
Segundo a Poliarquía, Scioli tem uma intenção de voto de 37,1%, Macri de 26,2% e Massa de 20,1%.
Os argentinos devem eleger um novo presidente após 12 anos de um projeto de centro-esquerda iniciado pelo falecido Néstor Kirchner em 2003 e levado adiante por sua esposa Cristina Kirchner em 2007.