Os parlamentares do Irã aprovaram nesta terça-feira (13) a implementação do histórico acordo nuclear de julho com seis potências mundiais. Com isso, foi retirado um dos últimos obstáculos dentro do país para a iniciativa. A maioria dos congressistas apoiou a lei que direciona o governo para colocar o acordo em vigor, segundo a imprensa estatal.
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A votação terminou com 161 votos a favor e 59 contra, segundo a agência IRNA. Treze legisladores se abstiveram. O Parlamento havia aprovado as diretrizes básicas sobre a lei em votação no domingo.
Todas as leis aprovadas no Parlamento iraniano precisam do aval final do Conselho dos Guardiães, um poderoso órgão clerical formado por 12 integrantes, antes de entrar em vigor. A palavra final sobre todos os assuntos de Estado, incluindo o acordo nuclear, fica com o Líder Supremo, aiatolá Ali Khamenei.
Um conservador linha-dura, Khamenei já declarou apoio ao acordo, ainda que tenha expressado reservas sobre as intenções dos EUA e advertido contra as tentativas norte-americanas de supostamente se infiltrar no Irã, desde que o pacto foi fechado em julho. O acordo tem sido uma meta na política externa do governo do presidente Hassan Rouhani, uma figura relativamente moderada no ultraconservador sistema político iraniano.
Com a iniciativa, o Irã receberá um alívio nas sanções internacionais que têm prejudicado sua economia, podendo aumentar bastante suas exportações de petróleo. Em troca, Teerã deve controlar seu programa nuclear, reduzindo o número de centrífugas para enriquecer urânio em operação e convertendo alguns dos locais usados para enriquecimento de urânio em centros de pesquisa.
Em junho, o Parlamento iraniano decidiu que também votaria o acordo, para verificar se ele atende às exigências iranianas. A medida é similar à adotada pelo Congresso dos Estados Unidos em maio sobre o mesmo assunto. Os congressistas norte-americanos também já aprovaram a iniciativa. Fonte: Dow Jones Newswires.