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O principal opositor do governo da Argentina, o conservador Mauricio Macri, apoiou nesta quarta-feira (14) um protesto em Buenos Aires de produtores agropecuários, a quem reiterou a promessa de reduzir a zero os impostos às exportações, a quase 10 dias das eleições presidenciais.
Macri aproveitou o protesto em pleno monumento do Obelisco no centro da capital para criticar o governo de Cristina Kirchner e seu rival Daniel Scioli, favorito nas pesquisas para as eleições de 25 de outubro.
Cercado de líderes do campo de diferentes partes do país, Macri - prefeito em fim de mandato da capital -, lembrou que sua aliança conservadora 'Cambiemos' impulsiona um plano para o setor agropecuário "que prevê zero retenções às economias regionais", com exceção da soja, cuja redução será gradual.
"Não matem o campo", foi o lema do protesto que expôs caixotes com frutas, verduras, leite e pão aos pés do Obelisco, como se fosse uma feira.
O empresário de 56 anos, herdeiro de uma das famílias mais ricas da Argentina, prometeu que em seu eventual governo haverá "zero limitações às exportações", em alusão aos direitos de exportação que envolvem trâmites administrativos.
Em agosto, Macri disse ante a Federação Agrária Argentina (FAA) que permitiria "exportar tudo o que puder, produzir sem retenções (impostos à exportação) salvo a soja, que terá 5 pontos de baixa por ano", contra 35% que paga atualmente.
Por sua vez, Scioli disse estar "disposto a rever" o sistema fiscal, mas que o fará no âmbito de um acordo, com forte presença de um "Estado social, sem delegar o crescimento no mercado".
