Parlamentares alemães aprovaram nesta quinta-feira (15) medidas que tornam mais rígidas as regras de asilo no país.
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Segundo os legisladores, o objetivo é lidar com o fluxo recorde de refugiados -a Alemanha prevê receber pelo menos 800 mil em 2015, maior número entre todos os países da Europa.
O pacote de medidas inclui aceleração de procedimentos de asilo e deportação, ações para facilitar a construção de abrigos e redução de incentivos em dinheiro para migrantes.
Os parlamentares também propuseram ampliar a lista de países considerados seguros -ou seja, cujos cidadãos em geral não têm chance de obter asilo- para incluir Kosovo, Albânia e Montenegro (Sérvia, Macedônia e Bósnia já estão nessa categoria).
Apoiada pelos partidos que sustentam o governo da chanceler Angela Merkel, a medida visa acelerar a extradição de migrantes do sudeste da Europa para que o governo se concentre nos refugiados provenientes de países em guerra, como a Síria, o Iraque e o Afeganistão.
Outra medida aprovada pelo Parlamento foi ampliar de três para seis meses o período que requerentes de asilo têm de passar em centros de recepção até seu pedido ser aceito ou rejeitado -nessa fase, os benefícios pagos pelo governo são menores.
Hoje, o governo alemão leva cerca de cinco meses para processar um pedido de asilo, mas em muitos casos o prazo pode ser bem mais longo.
Grupos de direitos humanos como a Anistia Internacional criticaram as medidas dos parlamentares alemães -para a Anistia, a ação dá força à exclusão dos refugiados.
TURQUIA
Reunidos em Bruxelas (Bélgica), dirigentes da União Europeia lançaram uma ofensiva sobre o governo da Turquia para tentar obter sua cooperação em barrar o fluxo de refugiados para a Europa -estima-se que, só da Síria, 2 milhões já tenham se abrigado em território turco.
Entre as propostas em estudo, segundo o jornal "The Guardian", estava o oferecimento a Ancara de ajuda 3 bilhões de euros (R$ 13,1 bilhões) para atender aos refugiados.
Outras medidas cogitadas eram dispensa da necessidade de visto para que turcos viajem à Europa e retomada das negociações para que a Turquia ingresse na União Europeia.