CONFLITOS

Ban Ki-moon viaja a Israel e Territórios Palestinos

"Neste período difícil é preciso dizer: Basta!", disse Ban em uma mensagem muito crítica a israelenses e palestinos, a quem pediu calma

Da AFP
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Publicado em 20/10/2015 às 9:04
Foto: ABBAS MOMANI / AFP
"Neste período difícil é preciso dizer: Basta!", disse Ban em uma mensagem muito crítica a israelenses e palestinos, a quem pediu calma - FOTO: Foto: ABBAS MOMANI / AFP
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, inicia nesta terça-feira (20) uma visita de dois dias a Israel e aos Territórios Palestinos para convocar seus líderes a colocarem fim à espiral de violência das últimas três semanas.

Antes de sua chegada, Israel destruiu na Cisjordânia ocupada a casa de um palestino que matou uma israelense no fim de 2014, apesar de Ban ter condenado vigorosamente esta prática em uma mensagem de vídeo.

"Neste período difícil é preciso dizer: Basta!", disse Ban em uma mensagem muito crítica a israelenses e palestinos, a quem pediu calma.

A mensagem e a visita de Ban, esta última anunciada à AFP por um funcionário da ONU, são parte de um esforço diplomático recente diante da escalada de violência que atinge Jerusalém, Israel e os Territórios Palestinos desde o início de outubro, e que aumenta os temores de uma nova intifada.

O secretário de Estado americano, John Kerry, se reunirá nesta semana na Alemanha com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente palestino, Mahmud Abbas, no Oriente Médio, possivelmente na Jordânia.

Por sua vez, o exército israelense anunciou nesta terça-feira (20) a prisão de Hassan Yussef, um dos principais dirigentes do movimento islamita palestino Hamas.

Yussef, um dos fundadores do Hamas, passou vários anos nas prisões israelenses, de onde foi libertado pela última vez em junho.

Pouco depois do anúncio da visita do chefe da ONU, o exército informou que havia abatido em Hebron, Cisjordânia, um palestino que atacou com uma faca um soldado israelense.

Os confrontos diários entre palestinos que atiram pedras e soldados israelenses, as agressões mútuas entre palestinos e colonos israelenses e uma onda de atentados contra israelenses e judeus provocaram a morte de oito israelenses, por um lado, e de 42 palestinos e um árabe israelense, pelo outro.

Também morreu um eritreu, abatido por um agente de segurança que o confundiu com um agressor.

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