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O presidente sírio Bashar al-Assad fez uma "visita de trabalho" a Moscou na terça-feira (20) à noite, durante a qual se reuniu com o colega russo Vladimir Putin, anunciou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
"Na terça-feira à noite, o presidente da República Árabe da Síria, Bashar al-Assad, fez uma visita de trabalho a Moscou", disse Peskov.
"Estamos dispostos a fazer o que for possível não apenas na luta contra o terrorismo, mas também no processo político", disse Putin a Assad.
Uma solução política do conflito é possível "com a participação de todas as forças política, étnicas e religiosas" do país, afirmou o presidente russo.
"A última palavra sobre a solução do conflito na Síria deve ser do povo sírio", insistiu Putin.
"Obviamente, todos entendem que qualquer ação militar requer os consequentes passos políticos", afirmou Assad.
Esta foi a primeira visita ao exterior do presidente sírio desde o início em seu país de uma revolta popular em 2011, que depois virou uma guerra civil.
O governo da Síria confirmou a viagem de Assad e anunciou que o presidente já retornou para Damasco.
"A visita a Moscou aconteceu na terça-feira e hoje ele está em Damasco", disse à AFP um porta-voz da presidência síria.
Assad agradeceu a Putin por sua "ajuda" na guerra e afirmou que sem a intervenção militar russa na Síria o "terrorismo" teria aumentado.
"Se não fosse pelas ações da Rússia, o terrorismo teria se propagado pela região, teria assumido o controle de um território ainda maior", disse Bashar al-Assad.
"Gostaria de agradecer mais uma vez ao povo russo por seu apoio ao nosso país e expressar a esperança de que venceremos o terrorismo", completou Assad, segundo a imprensa russa.
Putin insistiu na importância que a intervenção na Síria tem para a segurança da Rússia.
"Não podemos permitir que pessoas da ex-União Soviética, com experiência militar e treinadas pelos terroristas na Síria, apareçam no território da Federação da Rússia", disse Putin.
"No mínimo 4.000 pessoas da ex-União Soviética lutam contra as tropas governamentais da Síria", completou o presidente russo.
"A conversa foi bastante longa e os temas óbvios", resumiu o porta-voz do Kremlin.