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O líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khameneina, que tem a palavra final sobre todos os assuntos de Estado, aprovou nesta quarta-feira (21) o acordo nuclear alcançado com as potências mundiais, mas alertou que o governo seja vigilante, dizendo que os Estados Unidos podem não ser confiáveis.
Khamenei aprovou o acordo em uma carta ao presidente do Irã, Hassan Rohani, que foi lida em uma TV estatal. Até agora, ele tinha se recusado a aprovar ou rejeitar publicamente o acordo ao expressar apoio para os negociadores do Irã.
A expressão de apoio de Khamenei resolve grande parte do debate a favor de Rouhani, entregando-lhes uma importante vitória à frente das eleições parlamentares.
No entanto, Khamenei advertiu que o acordo "sofre de múltiplas fraquezas estruturais e pontos ambíguos que podem gerar grandes danos para o país na ausência da vigilância precisa e constante. Ele acrescentou que "qualquer observação dizendo que a estrutura de sanções irá permanecer é considerada uma violação" do acordo
O acordo alcançado em julho, com os EUA, a Grã-Bretanha, a França, a China, a Rússia e a Alemanha tem o intuito de coibir as atividades nucleares do Irã em troca da retirada das sanções impostas pelos líderes internacionais.
As nações ocidentais suspeitam há muito tempo que o Irã tem desenvolvido armas nucleares ao lado de seu programa civil, acusações que são rejeitadas por Teerã, que insiste que seu programa é inteiramente pacífico.
O acordo tem sido objeto de intenso debate dentro do Irã, com líderes linhas-duras argumentando que os negociadores desistiram de muitas coisas para chegar ao acordo. Eles também temem que o acordo poderia levar a uma aproximação mais ampla com os Estados Unidos, que eles ainda ridicularizam como o "Grande Satã". Fonte: Associated Press.