GUERRA CIVIL

Obama: Assad deve deixar o poder para permitir o fim da guerra na Síria

O destino de Assad provoca fortes divergências entre os ocidentais, de um lado, e Moscou e Teerã, do outro

Da AFP
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Publicado em 19/11/2015 às 10:44
Foto: Jim Watson / AFP
O destino de Assad provoca fortes divergências entre os ocidentais, de um lado, e Moscou e Teerã, do outro - FOTO: Foto: Jim Watson / AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira (19) que a guerra civil na Síria não poderá chegar ao fim sem que Bashar al-Assad deixe o poder, descartando a possibilidade do presidente sírio participar em futuras eleições.

"Não prevejo uma situação na qual possamos acabar com a guerra civil na Síria enquanto Assad permaneça no poder", disse Obama, poucos dias depois de uma reunião com o dirigente que representa o principal apoio de Assad, o russo Vladimir Putin.

O destino de Assad provoca fortes divergências entre os ocidentais, de um lado, e Moscou e Teerã, do outro. O tema se tornou um dos principais obstáculos para estabelecer um plano de paz na Síria.

Obama e Putin se reuniram no domingo (16) na Turquia e deram mostras de uma aproximação das posições para chegar a um acordo.

Obama insistiu que os sírios não aceitarão que Assad permaneça no poder, após uma guerra civil na qual o regime cometeu ataques indiscriminados contra civis.

"Mesmo se eu dissesse que seria OK, eu não acredito que funcionaria", disse Obama em Manila, onde acontece a reunião da APEC (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico).

"Você não conseguiria fazer com que a população síria, a maior parte, aceitasse este tipo de saída", completou.

Os ataques de Paris e Beirute e o atentado contra um avião russo no Egito - todos reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI) - tornaram mais urgente a tentativa de encontrar uma solução para a Síria, onde a organização jihadista está muito implantada.

Obama se reuniu em Manila com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que prometeu que seu país continuará sendo um aliado forte na luta contra o EI, mas sem recuar na decisão de encerrar os bombardeios no Iraque e na Síria.

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