Sete das oito pessoas presas na quarta-feira (18) durante uma operação policial em um apartamento de Saint-Denis, no norte de Paris, foram libertadas neste sábado (21).
Leia Também
O apartamento era o esconderijo de Abdelhamid Abaaoud, suposto organizador dos atentados de 13 de novembro que deixaram 130 mortos.
Jawad Bendaoud, o homem que cedeu o apartamento a Abaaoud, continua preso. Ele disse ter emprestado o apartamento para "fazer um favor" a duas pessoas que vinham da Bélgica e que "apenas queriam água e poder rezar".
Bendaoud já fora preso em 2008 por infligir "feridas mortais". Ele saiu da prisão em 2013.
Segundo a lei antiterror francesa, ele pode ficar detido por até seis dias sem acusação formal.
Os detidos que foram soltos são uma mulher que acompanhava Bendaoud e outras seis pessoas que estavam no edifício ou em seus arredores.
Na operação policial, morreram os três terroristas que estavam no apartamento, entre eles Abaaoud.
SEM PROTESTOS
A polícia de Paris estendeu neste sábado a proibição a manifestações e outras reuniões públicas na região até 30 de novembro.
A cidade continua sob alerta máximo após os atentados coordenados e deve reforçar a segurança para receber cerca de cem chefes de Estado para a conferência da ONU que começa dentro de uma semana.
Uma manifestação marcada por grupos ambientalistas para o dia 29 foi cancelada. O país está em estado de emergência pelos próximos três meses.
PRESENTE
O ministro do Interior da Rússia disse que enviará um filhote de pastor alemão para a polícia francesa para honrar Diesel, o cachorro de sete anos morto por terroristas durante a megaoperação da quarta-feira (19).
O general Vladimir Kolokoltsevs disse em comunicado que o filhote poderá substituir Diesel nas forças de segurança francesas.
O nome do animal é Dobrynya, em homenagem a um cavaleiro de conto de fadas russo que simboliza força, bondade, valor e apoio incondicional.