Leia Também
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização do Tratatado do Atlântico Norte (Otan) convidaram nesta quarta-feira (2) Montenegro (Sudeste europeu) a se juntar à aliança militar liderada pelos Estados Unidos, uma decisão contestada por Moscou, que a considera uma ameaça à estabilidade nos Balcãs.
“Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Otan tomaram a decisão histórica de iniciar negociações de adesão para que o Montenegro se torne o 29º membro”, disse secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg. “É um bom dia para Montenegro, para os Balcãs ocidentais e para toda a aliança”, afirmou.
A “política de portas abertas” da Otan está inscrita no seu tratado de fundação, no qual assegura estar disposta a integrar “qualquer Estado que esteja em posição de cumprir os princípios do tratado e de contribuir para a segurança na zona do Atlântico Norte”.
Na última cúpula da Otan, no País de Gales em 2014, os líderes aliados pediram para que fosse tomada uma decisão sobre a adesão do Montenegro nesta reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros.
A partir de agora vai começar a negociação do protocolo de adesão, com a “integração plena” prevista para ocorrer de seis a nove meses mais tarde, segundo fontes diplomáticas.
Montenegro é um país candidato, que se uniu à associação pela paz da Aliança em 2006 – ano em que se separou da Sérvia – e que posteriormente foi convidado a entrar no plano de ação para a adesão em 2009.
Os últimos países a se unirem à Otan foram a Albânia e a Croácia em 2009, que tinham sido convidados na cúpula de Bucareste, em abril de 2008.
Além de Montenegro, são atualmente candidatos a Bósnia-Herzegovina, a Geórgia e a antiga República Iugoslava da Macedônia.