UNIÃO EUROPEIA

Polônia e Reino Unido divergem sobre propostas de Cameron para a UE

O Reino Unido fará um plebiscito no fim de 2017 para decidir se continua ou não no bloco

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 10/12/2015 às 9:05
Foto: ANWAR AMRO / AFP
O Reino Unido fará um plebiscito no fim de 2017 para decidir se continua ou não no bloco - FOTO: Foto: ANWAR AMRO / AFP
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O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e os líderes da Polônia disseram nesta quinta-feira (10) que há boa vontade, mas não compromisso entre as duas partes, em relação às mudanças propostas pelo governo britânico para as regras de bem-estar social da União Europeia, que poderiam afetar os trabalhadores poloneses imigrantes no Reino Unido.

Cameron conversou na noite da quarta-feira e no início da quinta-feira com líderes poloneses, em busca de apoio para um pacote de reformas da UE. O Reino Unido fará um plebiscito no fim de 2017 para decidir se continua ou não no bloco. Cameron quer continuar, caso consiga assegurar certas reformas.

A primeira-ministra Beata Szydlo, em sua primeira reunião com o líder estrangeiro em Varsóvia desde que seu governo conservador assumiu no mês passado, advertiu antes da visita que os planos de Cameron de cortar os benefícios sociais para trabalhadores imigrantes, como parte da reforma mais ampla da UE, eram algo "inaceitável". Nesta quinta-feira, o tom entre os dois foi mais amigável.

"Nós estamos buscando um acordo", disse Cameron. Segundo ele, não se chegou a nenhum pacto, mas há "boa vontade" e o desejo de que seu país continue em uma "União Europeia reformada". A dupla concorda, por exemplo, em reduzir a burocracia na UE e no fortalecimento dos Parlamentos nacionais. Mas o governo polonês resiste a qualquer ideia que possa limitar o livre movimento de seus cidadãos dentro da Europa e a qualquer corte nos benefícios sociais. Desde que a Polônia entrou na UE, em 2004, mais de 2 milhões de poloneses deixaram o país em busca de trabalho no exterior, sobretudo no Reino Unido e na Irlanda. A posição de Varsóvia é que os poloneses trabalham duro no Reino Unido e contribuem para o crescimento econômico deste país e que qualquer corte nos benefícios seria discriminação. "O livre movimento de pessoas é um ponto crucial para a Polônia", disse a premiê. 

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