Crime

Venezuela alcança número recorde de mortes violentas em 2015

A ONG garante que a taxa de mortes violentas na Venezuela está acima das registradas no Brasil

Da AFP
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Publicado em 28/12/2015 às 20:57
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A ONG garante que a taxa de mortes violentas na Venezuela está acima das registradas no Brasil - FOTO: Foto: Reprodução/ Google Maps
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A Venezuela vai fechar 2015 com uma taxa de 90 mortes violentas para cada 100.000 habitantes, um número "histórico" que o tornaria o país sem conflito armado mais violento do mundo - informou nesta segunda-feira o Observatório Venezuelano de Violência (OVV). 

O relatório anual dessa ONG mostrou que um total de 27.875 pessoas morreram de maneira violenta este ano, uma taxa que supera consideravelmente a registrada em 2014, de 24.980. 

Com esta taxa, a Venezuela poderia superar este ano El Salvador, que "registrou um aumento importante", e Honduras, considerado durante anos o país mais violento do mundo, mas que "teve uma baixa" esse ano, afirmou o relatório do OVV. 

"Uma em cada cinco pessoas que morrem assassinadas na América é venezuelana", ressaltou o documento. 

A ONG garante que a taxa de mortes violentas na Venezuela está acima das registradas no Brasil, onde "varia a distribuição territorial da violência", Colômbia, onde houve "reduções sustentadas por uma década"; e México, onde caiu o número de homicídios "após anos de aumento". 

A OVV, que denuncia uma "ausência total de informação oficial", incluiu no total "homicídios, casos de resistência à autoridade e investigações de mortes".

A organização, composta por pesquisadores de sete universidades públicas e privadas, encontrou entre os fatores desencadeantes para a violência a "deterioração das forças de segurança", o "empobrecimento da sociedade acompanhado de impunidade generalizada" e uma "maior presença do crime organizado".

Em julho passado, a procuradora-geral venezuelana, Luisa Ortega Diaz, admitiu na ONU que em 2014 a Venezuela teve uma taxa de 62 homicídios por 100.000 habitantes. A OVV esclarece que a estatística oficial usa a categoria apenas em casos "onde há a abertura de um expediente judicial por assassinato".

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