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A organização Estado Islâmico (EI) reivindicou o tiroteio dessa quarta-feira (30) que deixou um morto e 11 feridos perto de um local turístico no Daguestão, no Cáucaso russo, indicou o SITE, um portal americano de vigilância de sites jihadistas.
"Com a ajuda de Alá, os guerreiros do califado conseguiram atacar um grupo de funcionários dos serviços de segurança russos na cidade de Derbent, no sul do Daguestão, matando um agente e ferindo outros", afirma uma mensagem atribuída ao EI e transmitida pelo site SITE Intelligence Group.
"Os mujahedines do califado voltaram a sua base sem sofrer perdas", acrescenta a mensagem.
No ataque, desconhecidos abriram fogo contra um grupo de pessoas perto das muralhas da fortaleza de Derbent, incluída na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. O incidente, ocorrido em uma região fronteiriça com a Chechênia e na qual existe há anos uma rebelião islamita, deixou um morto e 11 feridos.
Segundo uma fonte interrogada pela agência Ria Novosti, os autores do ataque são três indivíduos originários de Derbent. Segundo esta fonte, os mesmos suspeitos atiraram em meados de dezembro contra funcionários do ministério russo das Situações de Emergência.
Outra fonte afirmou às agências russas que a vítima e ao menos um dos feridos são agentes dos serviços secretos russos, o FSB.
Ao menos 118 pessoas morreram no Daguestão entre janeiro e novembro de 2015 em confrontos entre islamitas e forças de segurança, segundo o site Kavkazski Ouzel, que segue as atividades dos combatentes no Cáucaso russo.
Depois da primeira guerra da Chechênia (1994-1996), a rebelião se islamizou progressivamente, e foi se estendendo para além desta pequena república russa, para se converter em meados dos anos 2000 em um movimento islamita armado ativo em todo o Cáucaso norte.
No fim de junho, a rebelião armada islamita no Cáucaso russo jurou lealdade ao Estado Islâmico (EI) em um vídeo divulgado pela internet.
Em outubro, o chefe da Frente al-Nosra, braço sírio da Al-Qaeda, convocou os jihadistas do Cáucaso a atacar a Rússia em solidariedade aos combatentes da Síria, onde Moscou realiza bombardeios aéreos desde 30 de setembro.