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Os ataques a estrangeiros, que ocorreram no domingo (10) em Colônia, no oeste da Alemanha, foram coordenados através das redes sociais. De acordo com a polícia local, apoiadores da extrema-direita convocaram simpatizantes para “passeios” no centro da cidade, com o propósito expresso de “atacar pessoas não alemãs”.
Doze homens - sírios, paquistaneses e africanos - foram vítimas de vários ataques ontem em Colônia onde, na noite do réveillon, centenas de mulheres foram atacadas e agredidas sexualmente por um grande grupo de homens, muitos dos quais de origem estrangeira.
Ontem, a polícia registrou quatro ataques que qualificou como “crimes anti-estrangeiros”, disse o chefe de divisão, Norbert Wagner.
De acordo com ele, desde quinta-feira (7) várias pessoas identificadas pelas autoridades como envolvidas em atos de vandalismo colocaram apelos nas redes sociais para “passeios não-violentos” no centro de Colônia.
De acordo com a polícia alemã, o termo "passeios" é comumente utilizado para convocar marchas de grupos de extrema-direita. “Nestes quatro casos, presumimos que haja uma ligação com os chamados passeios”, disse Wagner.
Até o momento nenhum dos atacantes foi detido, apesar de a polícia ter interrogado 153 pessoas no domingo à noite.
O chefe de operações de Colônia, Michael Temme, disse que a polícia vai intensificar as patrulhas na cidade nos próximos dias, especialmente nas proximidades da estação de comboios e da catedral.
“Estamos alertas e vamos fazer todo o possível para impedir ataques", disse Temme.