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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convidou nesta sexta-feira (15) a oposição a conversar sobre qualquer tema para buscar a paz no país, ao fazer o informe anual de sua administração, pela primeira vez perante um Parlamento de maioria opositora.
"Estamos prontos e dispostos a conversar (sobre) este e qualquer outro tema que seja suscetível e necessário de conversar pela paz que a Venezuela nos exige", disse o presidente, após fazer alusão à anistia proposta pelos opositores aos políticos presos.
"Proponho o estabelecimento de uma comissão nacional de justiça, verdade e paz paritária, que seja presidida por um venezuelano ou venezuelana de confiança pública e que estabeleça as bases legais e jurídicas para um processo de paz, mas que não se imponha a visão do perdão dos assassinos aos próprios".
Maduro se referia ao projeto da oposição, apresentado na segunda-feira passada, para anistiar 76 presos políticos, entre eles o dirigente Leopoldo López, e milhares de "perseguidos" e exilados por sua oposição ao chavismo.
Maduro reafirmou sua rejeição à iniciativa, assinalando que isto cravaria "um punhal na paz" e "não curaria qualquer ferida criada pelo erro político de tratar de forçar a história através da violência".
Através do bloco legislativo chavista e do vice-presidente, Aristóbulo Istúriz, "estamos prontos e dispostos a conversar sobre este e qualquer outro tema que seja suscetível e necessário".