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Com um rito ancestral no centro cerimonial pré-Inca de Tiahuanaco, o presidente Evo Morales iniciou nesta quinta-feira (21) as comemorações de seus 10 anos no governo, o período mais longo na história da Bolívia.
O presidente recebeu os primeiros raios de sol em Tiahuanaco ou Tiwanaku, a 71 km de La Paz, com as mãos estendidas, em uma cerimônia tradicional em que uma enorme pira é acesa como um sinal de bom augúrio.
"Neste pequeno ato de grande importância, aproveito esta oportunidade para expressar a nossa gratidão por 10 anos de serviço ao povo boliviano", declarou Morales, que argumentou que "nunca nos sentimos abandonados pelos movimentos sociais, indígenas, nativos", o esteio de sua administração.
A celebração, ao som de música andina, foi seguida por poucas pessoas e escassa presença de camponeses e indígenas, cujos principais líderes enfrentam uma investigação judicial sobre o desvio de 2,5 milhões de dólares de um fundo de promoção agrícola.
Morales, de 56 anos, começou a governar em 2006 após vencer a oposição com expressivos 54% dos votos e se manteve o cargo duas vezes consecutivas: Em 2010, depois de ganhar 64%, e em 2015 com 61% dos votos.
Seu atual mandato termina em 2020, mas ele defende um referendo para alterar a Constituição para permitir uma nova reeleição até 2025.
O principal ato será na sexta-feira com uma cerimônia no Congresso, onde o presidente vai ler uma mensagem, radiotelevisada.