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O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu apoio neste sábado (23) ao governo turco ao afirmar que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) é uma ameaça tão grave para a Turquia quanto o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
O grupo EI "não é a única ameaça existencial contra o povo da Turquia. O PKK também é uma ameaça e estamos cientes de que (...) é um grupo de terror puro e simples e o que está fazendo é absolutamente ultrajante", disse Biden após um encontro em Istambul com o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu.
Depois de dois anos de cessar-fogo, os combates foram retomados no verão de 2015 entre as forças de segurança turcas e os rebeldes do PKK.
Desta forma acabaram as negociações de paz iniciadas pelo governo no fim de 2012 para tentar acabar com um conflito que deixou mais de 40.000 mortos desde 1984.
"Pensamos que uma grande maioria dos curdos deseja viver em paz e está claro que o PKK não mostrou nenhum desejo ou inclinação de fazê-lo", completou Biden.
O vice-presidente americano elogiou Ancara por "passos importantes" para reforçar a luta contra o EI, em particular na fronteira com a Síria, por onde continuam transitando jovens que se unem ao grupo jihadista.
Ao falar sobre o conflito sírio, Biden disse que seu país e a Turquia seguem "trabalhando em uma solução política".
"Sabemos que seria preferível uma solução política. Mas se não for possível, estamos preparados para uma solução militar a esta operação, e eliminar o EI", completou Biden, sem explicar se a "solução militar" se refere à luta antijihadista ou à guerra civil na Síria.