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As autoridades venezuelanas registraram 255 casos da síndrome neurológica de Guillain-Barré, relacionada com o vírus Zika e que em alguns casos pode causar paralisia ou debilidade muscular, segundo a ministra da Saúde da Venezuela, Luisana Melo.
“Ontem, tínhamos registros de 255 doentes com a síndrome de Guillain-Barré e, de entre eles, há 55 que estão na unidade de cuidados intensivos”, disse a ministra em entrevista à televisão estatal VTV.
Até agora, foram contabilizados na Venezuela 4.500 casos suspeitos do vírus Zika, de acordo com a governante, que descartou a ocorrência de casos de microcefalia em bebés associados ao vírus, que se propagou por 24 países americanos e do Caribe.
No entanto, Luisana Melo assinalou que aquele número não corresponde ao total de casos, uma vez que, segundo cálculos das autoridades, três em cada quatro pessoas com o vírus é assintomática, pelo que o número de casos pode ser muito superior.
Ainda de acordo com a ministra, foi concebido “um plano de abordagem com atividades de promoção e prevenção” relativas à doença para implantar em todo o país. Serão usados de cerca de 70.000 litros de inseticida em pulverizações.
O vírus Zika provoca uma doença caracterizada por um surto de erupções cutâneas que podem ser acompanhados de febre, artrite, conjuntivite, dores musculares e dores de cabeça, entre outros sintomas.
Nos últimos meses, o vírus espalhou-se velozmente pelo continente americano que, segundo estimativas da Organização Pan-Americana de Saúde, pode chegar 3 milhões a 4 milhões de casos da doença no espaço de um ano.