O secretário de Estado americano, John Kerry, exigiu, neste sábado (20), que um cessar-fogo seja acordado o quanto antes na Síria, durante uma conversa telefônica com o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
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"O secretário expressou sua esperança de que um completo cessar das hostilidades poderia ser alcançado no menor espaço de tempo possível", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, em uma coletiva de imprensa.
Kerry, que chegou na capital jordaniana, Amã, na noite deste sábado, vindo de Londres, para uma reunião com o rei Abdullah II, expressou novamente sua preocupação a Lavrov sobre os ataques aéreos russos na Síria em apoio ao regime do presidente Bashar Al-Assad.
"O secretário Kerry também reiterou sua profunda preocupação com a natureza indiscriminada dos contínuos bombardeios realizado pela aviação russa e que vidas estão sendo perdidas como resultado", declarou Kirby.
"Os Estados Unidos continuam pedindo a todos os lados que respeitem as obrigações internacionais para evitar vítimas civis, e a responsabilidade é, em primeiro lugar, e principalmente, do regime de Assad e de seus aliados", completou.
Os dois ministros discutiram o progresso feito por duas reuniões da força-tarefa da ONU em Genebra esta semana, uma sobre ajuda humanitária para cidades sírias sitiadas e a outra sobre um "cessar das hostilidades" que havia sido definida para entrar em vigor na sexta-feira, informou Kirby.
Neste sábado, em Londres, Kerry declarou em um comunicado que muito do trabalho ainda está por fazer antes de ser alcançada uma trégua na Síria.
Kerry e Lavrov são os principais arquitetos do acordo de Munique de 11 e 12 de fevereiro, de acordo com o qual 17 países e três organizações concordaram sobre um cessar-fogo para sexta-feira.
Contudo, a Rússia prometeu neste sábado continuar a ajudar Damasco a lutar contra grupos "terroristas" na Síria, e um grupo-chave da oposição declarou que apoiaria uma trégua se aliados ao regime suspendesse fogo.
Mais de 260.000 pessoas foram mortas nos quase cinco anos de conflito e metade da população do país foi deslocada.