A defesa de Julian Assange pediu nesta segunda-feira (22) a um tribunal de Estocolmo que revogue o mandado de detenção europeu emitido em 2010 contra o fundador do Wikileaks por acusação de violação.
Leia Também
Os advogados de defesa basearam o pedido no parecer divulgado em 5 de fevereiro por um grupo de trabalho da Organização das Nações Unidas, que considerou Assange refugiado desde 2012 na Embaixada do Equador em Londres, para evitar a extradição para a Suécia, vítima de detenção arbitrária.
A defesa pede agora para, à luz deste novo elemento, relançar o processo de contestação do mandado de detenção europeu, que perdeu anteriormente no tribunal de recurso de Estocolmo e no Supremo Tribunal da Suécia.
“Queremos que reexaminem a decisão e que a anulem”, disse um dos advogados, Tomas Olsson, à agência France Presse.
“Penso que [o parecer da ONU] é fato importante e deve ser levado em conta”, acrescentou.
O mandado de detenção europeu foi emitido em novembro de 2010 para ouvir o australiano sobre acusações de delitos sexuais, apresentadas três meses antes por uma cidadã sueca.
Assange, que nega as acusações, considerou o parecer da ONU uma “vitória histórica”.