BOLÍVIA

Evo Morales: 'se eu perder o referendo vou embora feliz'

O presidente se encontra no poder desde 2005 e busca poder se candidatar a um quarto mandado (2020-2025)

Da AFP
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Publicado em 22/02/2016 às 10:27
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O presidente se encontra no poder desde 2005 e busca poder se candidatar a um quarto mandado (2020-2025) - FOTO: Foto: STR / AFP
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse estar preparado para uma derrota no referendo sobre a reforma constitucional que permitiria a ele disputar um quarto mandato.

Esta declaração foi feita em uma entrevista concedida na Espanha, antes da realização da consulta.

Indagado pelo jornalista do El País sobre se ficaria decepcionado com uma derrota, Molares respondeu:

"Não, estou preparado. Com semelhante recorde, vou embora feliz para minha casa. Adoraria ser um dirigente esportivo", afirmou o presidente, que se encontra no poder desde 2005 e busca poder se candidatar a um quarto mandado (2020-2025).

Defendendo seus êxitos econômicos, Morales assegurou que se continuar sendo presidente foi porque a sociedade pediu.

"Convoquei um Gabinete Social há oito meses e os argumentos que me deram é que este processo não pode parar e que os neoliberais não podem voltar", explicou.

Morales considera, em referência à Venezuela, que "para manter a ideologia, é preciso garantir a comida".

"Quanto não se garante o alimento, a maioria pouco se importa com a questão ideológica. Eu disse muitas vezes ao Chávez: 'Muda de economia, não pode continuar subvencionando tudo. Mas Lula dizia para continuar investindo mais. Que não falte água, luz, o básico", explicou.

Mesmo que os governos mudem da esquerda para a direita, como aconteceu na Argentina, todos "os movimentos sociais na América Latina são anti-imperialistas por princípio. E enquanto hover império, a luta continuará".

Quanto à retomada das relações entre Cuba e Estados Unidos impulsionada por Barack Obama, Morales duvida que Washinton vá levantar o embargo econômico, mas saudou os passos importantes do processo.

"Sempre achei que um negro e um índio trabalhariam bem", conclui.

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