Ao menos cinco migrantes, entre eles um bebê, morreram na noite de quarta-feira (9) em um naufrágio em frente à costa ocidental da Turquia, informou nesta quinta-feira a agência de notícias turca Dogan.
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A embarcação que transportava os migrantes de nacionalidade afegã e iraniana naufragou a 500 metros da localidade de Kayalaralti, na província de Çanakkale (noroeste), disse a agência.
A guarda-costeira turca conseguiu socorrer outros nove migrantes que estavam na embarcação, que se dirigia à ilha grega de Lesbos.
Outras duas pessoas estão desaparecidas.
Esta nova tragédia ocorre dois dias depois de uma cúpula em Bruxelas entre a União Europeia (UE), que enfrenta uma onda histórica de migrantes, e a Turquia, que abriga em seu solo 2,7 milhões de sírios que fugiram da guerra civil em seu país.
Nesta reunião, a Turquia se comprometeu a readmitir todos os migrantes, incluindo os sírios, que entraram clandestinamente à Grécia a partir de sua costa, com a condição de que a UE conceda asilo a um sírio por cada pessoa desta mesma nacionalidade que receba de volta em seu território.
Ancara exigiu, em contrapartida, um aumento da ajuda prometida por Bruxelas, de 3 a 6 bilhões de euros, a supressão até 30 de junho dos vistos de entrada no espaço Schengen exigidos aos seus cidadãos e a aceleração de seu processo de adesão à UE.
Os dirigentes europeus deram como prazo até a cúpula de 17 e 18 de março para finalizar seu acordo.
A Turquia é o principal ponto de partida dos migrantes com destino à Europa.
Depois dos 850.000 do ano passado, mais de 130.000 pessoas chegaram à Grécia a partir da Turquia durante o ano, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).