A Rússia acusou nesta segunda-feira (21) o governo dos Estados Unidos de atrasar deliberadamente a aplicação da trégua na Síria e advertiu que pode responder com decisões unilaterais.
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"É inaceitável atrasar a entrada em vigor dos procedimentos para fazer frente às violações do cessar-fogo", que entrou em vigor em fevereiro, afirmou em um comunicado o general Serguei Rudskoi, alto comandante do Estado-Maior do exército russo.
"A parte americana mostrou que não está disposta a discutir o texto de maneira concreta", sobre o acompanhamento das violações da trégua, completou.
O general advertiu que "a partir de 22 de março, a Rússia seguirá de forma unilateral as regras do acordo (da trégua) em caso de ausência de reação por parte dos Estados Unidos".
"Destacamos que apenas utilizaremos nossas Forças Armadas depois de recebermos provas de violações sistemáticas (deste acordo) dos grupos armados", afirmou, no entanto.
O secretário de Estado americano, John Kerry, havia anunciado reuniões entre Estados Unidos e Rússia em Genebra e Amã a respeito das violações do cessar-fogo, em vigor desde 27 de fevereiro.
Em uma das reuniões, em Amã em 18 de março, "se viu que os americanos não estão dispostos a discutir concretamente o texto do acordo ou a aprová-lo", declarou Rudskoi, sem revelar detalhes.
Para acompanhar o cumprimento do fim das hostilidades foram instalados centros de controle em Washington, Moscou, Latakia (Síria), Amã e Genebra.
No caso de violação da trégua, russos e americanos contam com um sistema de alerta, depois retomado pelos outros países membros do grupo internacional de apoio à Síria (GISS).