O coordenador da luta antiterrorista da União Europeia (UE), Gilles de Kerchove, considerou nesta quarta-feira (23) que os países europeus devem cooperar mais na área de inteligência, em particular com a Europol, um dia depois dos atentados jihadistas em Bruxelas.
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"O que os Estados podem fazer entre eles é estruturar mais a cooperação. Isto está acontecendo, mas gostaria que fosse feito de maneira mais rápida", disse Kerchove à rádio francesa Europe 1.
"Também gostaria que os serviços de inteligência alimentassem um pouco mais as plataformas europeias, sobretudo a base de dados de Schengen, 'SIS' (na sigla em inglês), e Europol, porque cruzando estas informações conseguiremos estabelecer mais relações entre os suspeitos", completou.
A base SIS contém dados das pessoas procuradas ou vigiadas e dos veículos roubados. A Europol, criada em 1995, tem por objetivo facilitar a luta contra a criminalidade na UE com o intercâmbio de informações entre as polícias nacionais.
O coordenador europeu reconheceu que a alimentação da base de dados de Schengen "progrediu consideravelmente nos últimos meses", mas que agora é necessário alimentar de maneira melhor a Europol".
Gilles de Kerchove pediu ainda "mais controles nas fronteiras externas (da UE) com instrumentos mais precisos".
O primeiro-ministro francês Manuel Valls também afirmou nesta quarta-feira que é "urgente reforçar o controle das fronteiras externas" da UE para impedir a infiltração de jihadistas procedentes da Síria.