O Parlamento Europeu decidiu hoje (14), em Estrasburgo, na França, criar uma comissão de investigação para o caso das denúncias de evasão de impostos por meio de paraísos fiscais, conhecido como Panamá Papers.
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A decisão foi tomada por unanimidade em reunião da conferência de presidentes, que reúne os líderes das bancadas políticas e o presidente do Parlamento Europeu, segundo nota à imprensa.
No dia 4 de maio será votado, em conferência de presidentes, o mandato da comissão especial, que terá de ser aprovada depois pelo plenário do Parlamento, que se reúne de 9 a 12 de maio em Estrasburgo.
O Panamá Papers é a maior investigação jornalística da história, envolvendo o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (Icij, na sigla em inglês), com sede em Washington, e inclui os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais.
A investigação resulta de um vazamento de informação e reuniu 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de atividade da empresa panamenha Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e patrimônio, com informações sobre mais de 214 mil empresas offshore em mais de 200 países e territórios.
A investigação do caso Panamá Papers revela que milhares de empresas foram criadas em offshores e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu patrimônio. Entre os citados estão o rei da Arábia Saudita, pessoas próximas do presidente russo, Vladimir Putin, o presidente da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa), Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.