A chancelaria venezuelana rejeitou nessa segunda-feira (18) as declarações do secretário americano de Estado, John Kerry, que defendeu a utilização da Carta Democrática da Organização dos Estados Americanos (OEA) contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
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Caracas "rejeita categoricamente as declarações (...) do secretario americano de Estado (...) que pretendem vulnerar a estabilidade democrática na Venezuela".
Em entrevista à rede CNN, Kerry disse no domingo (17) que Washington concorda em invocar a Carta Democrática da OEA contra Maduro caso a oposição venezuelana assim o solicite.
"Pressionar por uma democracia plena e pelo respeito total às eleições sempre é uma boa ideia".
Kerry considerou que Maduro "está simplesmente ignorando a vontade do povo expressada nas recentes eleições" legislativas, amplamente vencidas pela oposição. "Isto é muito perigoso".
Para a chancelaria venezuelana, o governo do presidente Barack Obama é "reincidente em sua obsessão intrusiva e intervencionista contra a Venezuela".
As declarações de Kerry "evidenciam a participação e a responsabilidade do governo americano no plano intervencionista e de rebelião contra a democracia na Venezuela".