JUSTIÇA

Bélgica extradita para a França suspeito chave dos atentados de Paris

Salah Abdeslam foi detido em 18 de março no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, onde passou grande parte de sua vida

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Publicado em 27/04/2016 às 7:03
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Salah Abdeslam foi detido em 18 de março de 2015 no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, onde passou grande parte de sua vida - FOTO: Foto: Reprodução
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Salah Abdeslam, o único sobrevivente dos comandos que cometeram os atentados de 13 de novembro em Paris, foi entregue pela Bélgica à justiça da França, onde o acusado será levado a uma audiência com juízes de instrução para o indiciamento, anunciaram os dois países.

O suspeito chave dos atentados de Paris desembarcou na França às 9H05 (4H05 de Brasília) e "será apresentado durante o dia aos magistrados de instrução com vistas a seu indiciamento", anunciou a Procuradoria de Paris.

Abdeslam foi extraditado por via área sob escolta da Unidade de Elite da Polícia Francesa (GIGN), segundo fontes ligadas ao caso.

Com 26 anos, nascido em Bruxelas mas com nacionalidade francesa, Salah Abdeslam foi detido em 18 de março no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, onde passou grande parte de sua vida, depois de quatro meses de fuga. As autoridades francesas haviam emitido uma ordem de detenção europeia contra ele para solicitar a extradição.

Abdeslam é suspeito de ter desempenhado um papel chave nos preparativos dos atentados de Paris, que deixaram 130 mortos e centenas de feridos em 13 de novembro do ano passado.

Ele foi a pessoa que alugou dois dos três veículos utilizados pelos criminosos, assim como um apartamento na periferia de Paris, no qual ficaram hospedados alguns dos autores dos atentados.

Também transportou de carro os três homens-bomba que detonaram suas cargas explosivas nas proximidades do Stade de France, no momento em que um amistoso de futebol era disputado entre França e Alemanha na presença de dezenas de milhares de pessoas, incluindo o presidente francês, François Hollande.

Em seu primeiro interrogatório na Bélgica, Abdeslam afirmou que também deveria ter detonado uma carga explosiva, mas que renunciou ao plano.

Ele também é suspeito de ter desempenhado um papel na constituição dos comandos, pois foi visto ao lado de seus integrantes em diferentes países da Europa nos meses anteriores ao ataque.

Representado até agora pelo advogado belga Sven Mary, será defendido na França por um advogado de Lille (norte), Frank Berton, segundo a imprensa.

"Quer explicar e está quase impaciente de viajar a Paris", havia afirmado o advogado.

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