MARFIM

Quênia mostra seus métodos contra caça ilegal antes de queimar toneladas de marfim

Por conta da caça, os elefantes africanos podem entrar em extinção

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Publicado em 29/04/2016 às 10:11
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Por conta da caça, os elefantes africanos podem entrar em extinção - FOTO: Foto: AFP
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O Quênia apresentou nesta sexta-feira (29) em uma cúpula regional dedicada ao tráfico de marfim seus métodos para lutar contra a caça ilegal, um dia antes da destruição de toneladas deste "ouro branco" em um ato de protesto sem precedentes.

A cúpula, realizada em Nanyuki (centro), conta com a participação dos presidentes de Quênia, Uganda e Gabão, assim como de muitas ONGs. Estas mesmas personalidades também estarão presentes no ato simbólico de destruição no sábado em Nairóbi, onde serão queimadas 105 toneladas de presas de elefante, o equivalente a 5% do marfim no mundo.

Trinta mil elefantes são abatidos todos os anos para que suas presas sejam retiradas. As consequências desta eliminação em massa são nefastas para a sobrevivência dos 450.000 a 500.000 elefantes em estado selvagem que vivem na África.

No Quênia, os esforços entre o governo e as reservas de animais privadas permitiram uma redução importante do número de elefantes abatidos pelos caçadores (93 em 2015, contra 164 em 2014).

O objetivo da cúpula desta sexta-feira é ampliar a tomada de consciência mundial para conseguir a proibição total do comércio de marfim. Também busca apresentar os métodos contra a caça ilegal desenvolvidos no Quênia para que eles possam ser aplicados em outros países do continente.

Na reserva privada de Ol Pejeta, perto de Nanyuki, a equipe de intervenção rápida funciona desde 2011. Desloca-se de helicóptero e dispõe de comunicações de rádio codificadas, equipamentos de visão noturna, armamento sofisticado...

Desde então, o número de incidentes relacionados à caça ilegal caiu drasticamente na zona.

No entanto, este dispositivo não é totalmente eficaz se os caçadores posteriormente não forem julgados e condenados.

Em um país abalado pela corrupção, as condenações aos caçadores e aos responsáveis por estas redes criminosas ainda são minoritárias.

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