A liberal Geraldine Roman, primeira transexual eleita ao Congresso das Filipinas, um país católico, expressou nesta terça-feira (10) sua satisfação com o que chamou de uma vitória contra a "intolerância", o "ódio" e a "discriminação".
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Seu triunfo nas legislativas realizadas na segunda-feira é motivo de esperança para o movimento de defesa dos diretos das lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) em um país com 80% de católicos e onde a Igreja ainda é muito influente.
Divórcio, aborto e casamento gay são ilegais, e nenhum homossexual ocupa um cargo político importante.
"A política da intolerância, do ódio e da discriminação não foi mais forte. Venceu a política do amor, da tolerância e do respeito", declarou à AFP Geraldine Roman, de 49 anos e de confissão católica, depois de ter sido eleita para a Câmara de Representantes por sua província de Bataan, a noroeste de Manila.
Roman afirma estar ansiosa para exercer o cargo e responder a todos os seus detratores que a acusam de ter apenas uma coisa em mente.
"Sinto-me muito, muito feliz. Estou animada em trabalhar. Sei que a tarefa é árdua por causa dos estereótipos associados ao LGBT", disse.
"Eles dizem que somos frívolos e que não temos nada de importante a dizer, e eu tenho que provar que estão errados", garantiu Roman.
Geraldine, que concluiu a mudança de sexo na década de 1990, não é uma ferrenho ativista da causa LGBT.
Ela é membro do Partido Liberal do presidente Benigno Aquino e vem de uma família de grande peso político no país.
Sua prioridade será, segundo ela, defender os interesses de seus eleitores e aplicar um programa social. Mas também pretende apoiar um projeto de lei contra as discriminações.