As dificuldades de fornecimento de combustível continuavam nesta segunda-feira (23) na França, onde várias refinarias e depósitos de gasolina estavam bloqueados pelas greves contra o projeto de reforma da lei trabalhista do executivo socialista.
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"Cinco das oito refinarias francesas estão em greve, paralisadas ou em processo de paralisação", indicou à AFP Emmanuel Lépine, dirigente do braço petróleo do sindicato CGT.
Dos 189 depósitos de combustível bloqueados pelos trabalhadores do setor há vários dias, muitos foram desbloqueados pela força pública, confirmou à AFP Eric Sellini, coordenador CGT do grupo Total, que não indicou o número preciso de depósitos bloqueados no país.
Classificando os bloqueios de "ilegítimos", o ministro das Finanças, Michel Sapin, ressaltou na segunda-feira a vontade do governo de utilizar "todos os instrumentos" de que dispõe pra pôr fim aos mesmos.
"Vamos seguir evacuando um certo número de locais, em particular os depósitos", afirmou no domingo o primeiro-ministro Manuel Valls a partir de Tel Aviv, onde realiza uma visita.
O bloqueio das estruturas petrolíferas criou problemas de abastecimento nos postos de combustível, principalmente no noroeste do país. O fenômeno foi agravado pelos motoristas que, temendo a falta de combustível, se dirigiram aos postos para encher seus tanques, levando as autoridades a implementarem medidas de racionamento.
Um total de 1.500 postos de combustível, dos 12.000 existentes na França, sofriam com falta total ou parcial de combustível, segundo o secretário de Estado de Transportes, Alain Vidalies.