AFEGANISTÃO

Taleban confirma morte do mulá Mansour e anuncia seu sucessor

O mulá Akhtar Mansour, foi morto em um bombardeio realizado por um drone dos EUA na semana passada

Estadão Conteúdo
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Publicado em 25/05/2016 às 12:22
Foto: SHAH MARAI / AFP
O mulá Akhtar Mansour, foi morto em um bombardeio realizado por um drone dos EUA na semana passada - FOTO: Foto: SHAH MARAI / AFP
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O Taleban do Afeganistão confirmou nesta quarta-feira (24) que o seu líder, o Mulá Akhtar Mansour, foi morto em um bombardeio realizado por um drone dos EUA na semana passada e anunciou o mulá Haibatullah Akhundzada como seu sucessor, um estudioso conhecido por pontos de vista extremistas, o que torna improvável a realização de um processo de paz em Cabul, capital do país.

O anúncio veio enquanto um homem-bomba detonava explosivos em um micro-ônibus que transportava autoridades do tribunal na capital afegã, matando ao menos 11 pessoas, disse uma autoridade. O Taleban reivindicou imediatamente a responsabilidade pelo ataque

Em comunicado enviado à imprensa, o Taleban disse que seu novo líder era um dos dois vices de Mansour. O grupo insurgente disse que ele foi escolhido em uma reunião de líderes do Taleban, que se acredita ter ocorrido no Paquistão, mas não ofereceu mais detalhes.

Mansour foi morto no Paquistão no sábado, quando seu veículo foi atingido por um míssil lançado por um drone dos EUA, um ataque que se acredita ser o primeiro em que um líder Taleban foi morto de tal forma dentro do território paquistanês.

As autoridades paquistanesas foram acusadas tanto por Cabul quanto pelo Ocidente de dar abrigo e apoio a alguns líderes talebans - uma acusação que Islamabad nega. Os insurgentes têm lutado para derrubar o governo de Cabul desde 2001, quando o seu próprio regime islâmico foi derrubado durante a invasão dos EUA

Os Estados Unidos e o governo afegão disseram que Mansour tinha sido um obstáculo para um processo de paz, uma vez que ele se recusou a participar em conversações com o governo afegão no início deste ano. Ao invés disso, ele intensificou a guerra no Afeganistão, agora em seu 15º ano. Fonte: Associated Press.

 

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