Estados Unidos

Autoridades buscam por detalhes para esclarecer tiroteio em Orlando

Embora o número de vítimas mortas no tiroteio de domingo de manhã tinha sido dado como 50, 49 pessoas morreram no atentado

Estadão Conteúdo
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Publicado em 13/06/2016 às 12:28
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Embora o número de vítimas mortas no tiroteio de domingo de manhã tinha sido dado como 50, 49 pessoas morreram no atentado - FOTO: Foto: AFP
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O tempo de duração e outros detalhes do tiroteio em uma boate gay em Orlando, nos EUA, que deixou pelo menos 49 mortos e 53 feridos ainda permanecem obscuros, após as autoridades forneceram informações adicionais nesta segunda-feira (13) sobre o pior tiroteio em massa na história dos EUA. 

Regina Lombardo, agente especial encarregada da divisão de Tampa do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos, disse que duas das armas encontradas na cena do crime foram rastreadas e pertenciam ao atirador identificado como Omar S. Mateen. Ela disse também que uma terceira arma foi encontrada em seu veículo e que a agência estava trabalhando em seu rastreamento.

Embora o número de vítimas mortas no tiroteio de domingo de manhã tinha sido dado como 50, Paul Wysopal, do Escritório Federal de Investigação, esclareceu nesta segunda-feira que o número de mortos foi 49. A polícia disse que atirou e matou Mateen por volta das 5h (no horário local).

Autoridades prometeram não ser intimidadas pela violência. "Nós não vamos ser definidos pelo ato de um inimigo covarde", disse o prefeito de Orlando, Buddy Dyer. "Nós somos definidos pelo modo de como agimos, reagimos e como tratamos uns aos outros. E esta comunidade já tem identificado isso".

Na manhã desta segunda-feira, todas as famílias das vítimas já tinham sido identificadas. Entre elas estão: Edward Sotomayor Jr , de 34 anos; Stanley Almodovar III, de 23 anos; Luis Omar Ocasio-Capo, de 20 anos; Juan Ramon Guerroro, de 22 anos; Eric Ivan Ortiz-Rivera, de 36 anos; Peter O. Gonzalez-Cruz, de 22 anos; Luis S. Vielma, de 22 anos; Kimberly Morris, de 37 anos; Eddie Jamoldroy Justice, de 30 anos; Darryl Roman Burt II, de 29 anos; Deonka Deidra Drayton, de 32 anos; Alejandro Barrios Martinez, de 21 anos; Anthony Luis Laureanodisla, de 25 anos; Jean Carlos Mendez Perez, de 35 anos; Franky Jimmy Dejesus Velazquez, de 50 anos; Amanda Alvear, de 25 anos; Martin Benitez Torres, de 33 anos; Luis Daniel Wilson-Leon, de 37 anos; Mercedez Marisol Flores, de 26 anos; Xavier Emmanuel Serrano Rosado, de 35 anos; e Gilberto Ramon Silva Menendez, de 25 anos.

As autoridades disseram que Mateen abriu fogo na boate Pulse, no centro de Orlando, e ainda ligou para a polícia e reivindicou lealdade ao Estado Islâmico, levando-os a tratar o tiroteio como um ataque terrorista inspirado por uma organização terrorista estrangeira. Ele estava com um rifle e uma pistola.

Muitos dos feridos estavam em estado crítico no Orlando Regional Medical Center, onde cirurgias continuaram durante todo o dia, disse o cirurgião Michael Cheatham.

Duas autoridades da equipe contra o terrorismo disse que Mateen, de 29 anos, trabalhou como guarda na empresa de segurança inglesa G4S, uma das maiores empresas de segurança do mundo. A empresa disse hoje que ele foi contratado em 2007 e que em 2013 passou por uma triagem que não revelou nenhum "resultado adverso". Ele era norte-americano e filho de pais afegãos. 

Uma mulher que disse ser a ex-esposa de Mateen o descreveu como uma pessoa "desequilibrada", e que era abusivo durante o casamento. Mateen lhe tinha dito que queria se tornar um policial, disse ela a rede de televisão CNN, acrescentando que ela acreditava que ele era mentalmente instável, mas que ela não viu nenhum sinal de que ele tinha inclinações terroristas. Fonte: Associated Press.

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