O vazamento de 600 barris de petróleo da estatal Petroperú na região amazônica de Loreto, no Peru, afetou ao menos 435 pessoas e contaminou terrenos de cultivo - informou o Instituto Nacional de Defesa Civil nesta segunda-feira (27).
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"Registramos 435 pessoas afetadas pelo vazamento. O petróleo se expandiu pelas localidades limítrofes ao riacho Caraña Caño em Loreto", explicou a Defesa Civil em um comunicado.
"O Centro de Operações de Emergência Nacional continua com o acompanhamento da emergência", acrescentou.
O órgão de fiscalização ambiental do Ministério do Meio Ambiente informou hoje que "o vazamento do petróleo foi provocado por uma falha em um ducto localizado a uma profundidade de 2,2 metros no terreno seco e argiloso".
"Estima-se, de maneira preliminar, que o volume derramado seria de aproximadamente 600 barris de hidrocarboneto", tendo atingido uma região de 16.000 metros quadrados, completou a pasta.
O incidente ocorreu na última sexta-feira (24).
O gerente sub-regional da província de Datem del Marañón, Néstor Paredes, disse à imprensa que o vazamento aconteceu devido à corrosão e ao desgaste do cano.
A Petroperú declarou ainda que o bombeamento de petróleo no oleoduto está suspenso desde 16 de fevereiro passado, após a ocorrência de dois incidentes similares.
No início do ano, houve dois vazamentos de petróleo, devido a fissuras no oleoduto Nor Peruano. Ambos os incidentes afetaram as comunidades indígenas das regiões Amazonas e Loreto, prejudicando o abastecimento de água e danificando os terrenos de cultivo.
Na ocasião, a Petroperú foi multada em 3,6 milhões de dólares e foi obrigada a realizar uma série de estudos sobre a água que chega à população, assim como a ajudar as famílias a recuperarem seus terrenos.