SUL DA ÁSIA

Inundações deixam 43 mortos no Paquistão

O distrito mais afetado é o de Chitral, na fronteira noroeste do país com o Afeganistão, onde as inundações deixaram 41 mortos na aldeia de Ursoon

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Publicado em 03/07/2016 às 12:21
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O distrito mais afetado é o de Chitral, na fronteira noroeste do país com o Afeganistão, onde as inundações deixaram 41 mortos na aldeia de Ursoon - FOTO: EHSAN ULLAH / AFP
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Inundações deixaram ao menos 43 mortos no norte do Paquistão, a maioria deles em uma região remota que não recebeu um alerta de evacuação a tempo, anunciaram neste domingo (3) autoridades locais.

As fortes chuvas de monções começaram na tarde de sábado e se concentraram principalmente na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país, que tem sido gravemente atingida pelas inundações nos últimos anos, o que alguns cientistas relacionam às mudanças climáticas.

O distrito mais afetado é o de Chitral, na fronteira noroeste do país com o Afeganistão, onde as inundações deixaram 41 mortos na aldeia de Ursoon, perto da fronteira afegã, que é lar de cerca de 100 famílias, informou o prefeito desta localidade, Maqghfirat Shah.

Oitenta e duas casas na aldeia foram atingidas pelas águas, informou um comunicado das equipes de resgate, e algumas delas foram totalmente destruídas, junto com uma mesquita e um posto do exército.

"Dezesseis dos mortos estavam fazendo orações na mesquita quando foram arrastados pela enchente", declarou Latifur Rehman, porta-voz da autoridade de gestão de desastres da província.

Pelo menos oito das vítimas eram soldados, e outros oito corpos foram arrastados para a fronteira com o Afeganistão, informou o funcionário local Osama Waraich.

Rehman disse que operações de resgate lideradas pelo exército eram realizadas neste domingo, com helicópteros sendo utilizados para chegar às pessoas atingidas e ajudá-las com barracas, comida e ajuda médica.

A Falah-i-Insaniat Foundation, o braço de caridade do grupo militante proibido Lashkar-e-Taiba, foi uma das primeiras a chegar ao local da tragédia para fornecer ajuda.

Um repórter da AFP em Ursoon disse que os sobreviventes que perderam suas casas estavam à espera de ajuda em locais descampados cercados por lama e detritos do que restou de sua aldeia.

Localidades vizinhas receberam alertas de enchentes das autoridades locais, mas Ursoon não foi alertado a tempo, informou o repórter.

Separadamente, dois engenheiros chineses morreram e cinco trabalhadores paquistaneses ficaram feridos depois que a chuva forte provocou o desabamento do telhado de uma construção em Tarbela, também na província de Khyber Pakhtunkhwa, disse Rehman.

O gabinete do primeiro-ministro Nawaz Sharif emitiu um comunicado expressando sua dor e tristeza.

As chuvas fortes e enchentes deixam muitas vítimas todos os anos no país, com casas mal-construídas - particularmente nas áreas rurais - suscetíveis de desabar durante as chuvas anuais da primavera e de monções em julho e agosto.

Em abril, as chuvas e os deslizamentos de terra mataram 127 pessoas em Khyber Pakhtunkhwa.

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