No mesmo dia que o ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE) disse, em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, não haver risco de atentado terrorista à delegação francesa durante os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, a França, numa trágica coincidência, sofreu um atentado dentro do seu próprio território.
Leia Também
- Atentado em Nice: encontrados no caminhão documentos de franco-tunisiano
- Em Nice, na França, recifense relata momentos de tensão durante atentado
- Caos e pânico em Nice depois do atentado no Passeio dos Ingleses
- Obama condena 'horrível ataque terrorista' em Nice
- Caminhão que matou dezenas em Nice levava 'armas pesadas'
Em notícia publicada pela Agência Estado na quarta-feira (13), o chefe da Direção de Informação Militar (DRM), um dos serviços secretos da França, o general Christophe Gomart, havia dito à Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou os atentados de 13 de novembro em Paris e Saint-Denis que um ataque estaria sendo planejado por um brasileiro em nome do grupo jihadista Estado Islâmico e teria como alvo a delegação francesa. Jungmann rebateu a informação.
"Em primeiro lugar, não se trata de um relatório. Em segundo lugar, nao se trata de uma agência de inteligência francesa, mas sim é de um deputado, que ouviu numa comissão no dia 26 de maio alguém ligado à inteligência francesa comentar que um brasileiro relacionado ao Estado Islâmico estaria preparando uma atentado contra os franceses. Ou seja, não temos nenhuma informação oficial dos franceses", afirmou o ministro da Defesa.
Sobre como o Brasil está se preparando para receber líderes do mundo inteiro e cerca de 800 mil turistas estrangeiros durante as Olimpíadas, Jungmann explicou que "trabalhamos com as agências de serviços inteligentes de todos esses países e ninguém identificou alguma ameaça em potencial que levasse a rever a presença de alguns desses líderes no Brasil", completou.