O papa Francisco nomeou nesta terça-feira (2) uma comissão para estudar a possibilidade de permitir que as mulheres sejam diaconisas, uma questão que divide a igreja e que representaria uma mudança histórica para a instituição.
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A comissão está formada por 13 pessoas, sete homens e seis mulheres, e estudará, em especial, o papel das mulheres que exerceram esta função durante os primeiros anos da Igreja Católica.
Os diáconos são o primeiro degrau da hierarquia católica. Embora tenham autorização para pronunciar sermões durante a missa e oficiar batizados, casamentos e funerais, não estão autorizados a celebrar a eucaristia ou a ouvir a confissão dos fiéis, como os padres.
Os defensores da medida argumentam que as mulheres estão sub-representadas dentro da igreja e que não existe nenhum obstáculo teológico para que voltem a exercer uma função que tiveram nas origens do cristianismo.
Em maio, o pontífice abordou a questão durante uma conversa com mulheres de várias ordens religiosas e disse que "seria bom" que a Igreja esclarecesse o ponto. Ao mesmo tempo reafirmou não acreditar que as mulheres possam ser padres, ideia que já havia sido rejeitada de maneira categórica por alguns de seus antecessores.
O Vaticano não informou quando a comissão iniciará os trabalhos nem quando apresentará as conclusões.