Centenas de civis, que haviam sido sequestrados pelos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) como "escudos humanos" durante a retirada de seu ex-reduto de Manbij (norte da Síria), foram libertados, anunciou neste sábado (13) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
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Uma fonte das Forças Democráticas Sírias (FDS), cujos combatentes expulsaram os extremistas da cidade, afirmou à AFP que "parte dos civis conseguiu escapar na estrada que leva a Jarablos (reduto do EI ao norte de Manbij)", enquanto "outros foram libertados".
Não foi possível confirmar se todos os civis sequestrados foram liberados.
"Centenas se encontram agora em liberdade", informou o OSDH, uma ONG com sede em Londres que dispõe de uma ampla rede de fontes na Síria.
Na sexta-feira, um porta-voz das FDS e o OSDH anunciaram que os extremistas haviam sequestrados como "escudos humanos" quase 2.000 civis, incluindo crianças, durante a fuga de Manbij.
"Entre os civis levados pelo EI estão moradores que foram utilizados como escudos, mas também muitos que decidiram sair voluntariamente da cidade por medo de represálias" das FDS, explica Rami Abdel Rahman, diretor del OSDH.
Após uma violenta ofensiva iniciada em 31 de maio, as FDS, uma aliança de combatentes árabes e curdos apoiados pelos Estados Unidos, conseguiram controlar no dia 6 de agosto Manbij, uma cidade estratégica para o abastecimento do grupo extremista.
Vários extremistas resistiram durante uma semana, mas neste sábado o OSDH e uma fonte da FDS confirmaram a saída de todos os combatentes do EI.
"Não há mais nenhum combatente do EI", disse a fonte das FDS.
"Não há mais jihadistas ou partidários do grupo. Todos foram embora", disse à AFP Abdel Rahman.
De acordo com o OSDH, desde o início da ofensiva, 437 civis morreram, incluindo 105 crianças em Manbij e sua região.
Entre os civis, 203 faleceram nos bombardeios da coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos. No mesmo período, 299 membros das FDS morreram, assim como 1.019 extremistas.